20 de jul. de 2013

Caso Félix Moncla

Na noite de 23 de Novembro de 1953, os operadores de radar do Comando de Defesa Aérea detectaram a aproximação de um estranho objecto, em grande velocidade, nas imediações do Lago Superior, fronteira com o Canadá. Tentativas de entrar em contacto com os ocupantes do objecto não obtiveram resposta.
Imediatamente descolou um caça a jacto F-89 da Base Aérea de Kinross, com a missão de interceptar o objecto. O avião era pilotado por Felix Eugene Moncla (1926-1953), tendo como operador de radar, o segundo-tenente Robert L. Wilson. Logo após a descolagem, o radar operado pelo tenente Wilson apresentou problemas, de modo que ele teve alguma dificuldade para localizar o ponto exacto onde encontrava-se o objecto voador não identificado. Os tripulantes tiveram de valer-se então de dados transmitidos pela equipa em terra, a partir de observações feitas com o radar de solo.
Então Moncla transmitiu uma mensagem à base, informando que haviam conseguido estabelecer contacto visual com o objecto, que era provido de luzes. Para o pessoal em terra, responsável pela leitura dos dados de radar, o jacto era visível na forma de um ponto luminoso no monitor do equipamento, bem como o ovni. Puderam observar que os dois pontos luminosos (representando o jacto e o ovni), foram aproximando-se cada vez mais.Repentinamente, para espanto do pessoal em terra, os dois pontos simplesmente fundiram num só. Num primeiro momento pensou-se que Moncla havia voado acima ou abaixo do ovni. Contudo, apenas um ponto luminoso continuou visível, acelerando cada vez mais. Ficava evidente que o caça a jacto havia chocado contra o ovni, ou talvez sido capturado em voo por este. Imediatamente foram feitas tentativas de contactar Moncla ou Wilson, mas estes jamais voltaram a responder. O ponto luminoso restante, ainda visível pelo radar, simplesmente acelerou e saiu do alcance do radar.Teve início uma operação de busca e salvamento na região onde o F-89 havia desaparecido. Equipas foram colocadas em terra e sobre as águas do Lago Superior. Mas nenhum destroço do avião e nem seus dois tripulantes, vivos ou mortos, foram localizados.Um piloto de outro jacto F-89, voando na região informaria mais tarde, ter tido a impressão de ouvir alguma transmissão de Moncla cerca de 40 minutos após seu desaparecimento.Nos dias que se seguiram ao misterioso desaparecimento de Moncla e Wilson, a USAF enviou um representante às suas famílias para dar os pêsames em nome do governo norte-americano. O representante enviado à casa da mãe de Moncla lhe disse que infelizmente não haveria como lhe ser entregue o corpo de seu filho, pois o F-89 caíra no Lago Superior e até o momento não fora encontrado. Entretanto, a USAF parece ter feito alguma confusão, pois poucos dias depois um segundo representante foi enviado à casa da mãe de Moncla. Este lhe disse que não haveria como sepultar seu filho porque o F-89 explodira a grande altitude, não tendo sido possível resgatar os restos mortais dos dois tripulantes.Mesmo não tendo encontrado nenhum destroço do jacto de Moncla no Lago Superior ou em terra, a USAF divulgou, num primeiro momento, que o F-89 havia colidido contra uma aeronave da Real Força Aérea Canadiana, que invadira o espaço aéreo norte-americano por engano. Contudo, o governo canadiano negou que algum de seus aviões tenha entrado em território norte-americano por engano ou colidido contra algum outro avião, fosse americano ou canadiano. Um avião comercial canadiano estava em voo na área do acidente, na noite de 23 de Novembro e a USAF prendeu-se, por algum tempo, à versão de que este avião é que fora captado pelo radar. Contudo, o piloto daquele voo, Gerald Fosberg, negou que tivesse no ar no horário em que o F-89 havia descolado.A USAF então mudou sua versão, afirmando que Moncla pode ter tido algum tipo de vertigem, perdendo o controle do jacto, que veio a cair. Contudo, surgiu a hipótese de que o tenente Wilson poderia ter assumido o controle do avião, no caso de Moncla ter desmaiado. Foi divulgado então que um problema de pressurização na aeronave poderia ter acarretado inconsciência em ambos os tripulantes.Em 1968 alguns destroços teriam sido encontrados nas imediações da costa oriental do Lago Superior, sendo atribuídos ao F-89 de Moncla e Wilson. Contudo, até mesmo a informação de que os destroços foram realmente encontrados nunca foi devidamente confirmada. Em Agosto de 2006, surgiu a história de que uma companhia de mergulho havia encontrado finalmente, o F-89 a grande profundidade, sob as águas do Lago Superior. Contudo, quando jornalistas e ufólogos tentaram conseguir informações mais detalhadas do caso, ficou evidente que a história da descoberta do jacto não era verdadeira. Até a actualidade, nenhum destroço ou restos mortais dos pilotos foram encontrados, não tendo sido possível também determinar com segurança o que aconteceu na noite de 23 de Novembro de 1953.O desaparecimento de Frederick Valentich!No dia 21 de Outubro de 1978, Frederick Valentich, um jovem piloto de 20 anos, desapareceu em circunstâncias inexplicadas enquanto pilotava um Cessna 182L sobre o Estreito de Bass para a Ilha King, na Austrália.
Antes do seu desaparecimento, Valentich relatou via rádio que havia encontrado uma aeronave não identificada que voava em alta velocidade perigosamente próxima de seu Cessna, e posteriormente pairou sobre a aeronave.
O alerta de busca e salvamento foi dado no mesmo minuto do desaparecimento. Uma busca no mar foi realizada com dois P-3 Orion da RAAF, num período de sete dias, mas nenhum rasto de Valentich ou sua aeronave foram jamais encontrados, e a investigação do Departamento de Transporte concluiu que a razão para o desaparecimento não podia ser determinado. O caso chamou a atenção da imprensa e dos peritos da ovnilogia.

Por - David Muniz