Conhecido como "Homem Quebra-Nozes" por sua mandíbula forte, o Paranthropus boisei gostava mesmo era de mastigar alimentos macios
Foto: National Museums of Kenya
Crânio do "Homem Quebra-Nozes": apesar do apelido, ele gostava de alimentos macios
Um parente próximos dos ancestrais humanos que viveu entre 2,3 milhões e 1,2 milhão de anos atrás terá de trocar de apelido. O Paranthropus boisei – chamado há décadas de “homem quebra-nozes” por sua mandíbula forte e grande e seus molares que, em teoria, mastigavam alimentos duros – gostava mesmo era de comer grama.
O estudo publicado nesta segunda-feira na no periódico especializado PNAS mostrou que a dieta dele era definitivamente diferente do que se imaginava, segundo Thure Cerling, da Universidade de Utah, que liderou a pesquisa.”Foi uma surpresa. Não esperávamos encontrar uma fração tão grande de grama na dieta de nossos ancestrais ou de seus parentes imediatos. Não há nenhum babuíno moderno que seja um comedor de grama”, afirmou Cerling ao iG. Ou seja: oParanthropus boisei não competia por comida com outros primatas que comiam frutas, folhas e nozes, mas com os ancestrais das vegetarianas zebras.
O estudo foi feito analisando o esmalte de 24 dentes de 22 indivíduos da espécie que viveram entre 1, 9 e 1,4 milhão de anos na região norte e central do Quênia, na África. Os pesquisadores mediram os isótopos de carbono presentes nos dentes para inferir a dieta do hominídeo que mostrou ser, em média, 77% composta de gramíneas. “Isto provavelmente fez com que fossem necessárias adaptações especiais no sistema digestivo do Paranthropus o que levanta a questão de quanto tempo foi preciso para eles desenvolverem esta especialidade, onde ela se desenvolveu e assim por diante.”, explicou Cerling. E completou: “Devemos ir em grente e testar, com o método dos isótopos, outras espécies da linhagem humana e seus parentes próximos. Há muito trabalho a ser feito com espécies que são mais velhas do que a analisada por nós. Isto pode trazer insights sobre como essa especialização na dieta [do Paranthropus boisei] ocorreu.”
O estudo foi feito analisando o esmalte de 24 dentes de 22 indivíduos da espécie que viveram entre 1, 9 e 1,4 milhão de anos na região norte e central do Quênia, na África. Os pesquisadores mediram os isótopos de carbono presentes nos dentes para inferir a dieta do hominídeo que mostrou ser, em média, 77% composta de gramíneas. “Isto provavelmente fez com que fossem necessárias adaptações especiais no sistema digestivo do Paranthropus o que levanta a questão de quanto tempo foi preciso para eles desenvolverem esta especialidade, onde ela se desenvolveu e assim por diante.”, explicou Cerling. E completou: “Devemos ir em grente e testar, com o método dos isótopos, outras espécies da linhagem humana e seus parentes próximos. Há muito trabalho a ser feito com espécies que são mais velhas do que a analisada por nós. Isto pode trazer insights sobre como essa especialização na dieta [do Paranthropus boisei] ocorreu.”
Um outro estudo feito em 2009 com base nas marcas encontradas nos dentes de “Homens Quebra-Nozes” havia identificado que ele comia frutas macias e gramas. Combinado com o estudo atual ele traz a certeza de que o “Quebra-Nozes” gostava mesmo era de moleza.
O primeiro fóssil de Paranthropus boisei foi descoberto em 1959 pelo casal de paleontólogos Louis e Mary Leakey – o atual estudo teve a participação de Meave Leakey, mulher de Richard Leakey , filho da dupla. Com uma idade de 1,75 milhão de anos foi primeiramente conhecido como Zinjanthropus boisei depois como Australopithecus boisei e finalmente ganhou um gênero próprio passando a se chamar Paranthropus boisei.
fonte: IG