20 de nov. de 2010

Os Crânios de Cristal - Parte 1

Quem fez estas enigmáticas caveiras? Ainda hoje, com toda nossa tecnologia, não conseguimos reproduzi-las. Que mistérios elas escondem?







No final da década de 1890 apareceram no México duas caveiras de quartzo transparente. Tratava-se de duas peças únicas em seu gênero, supostamente descobertas por mercenários que obtiveram as caveiras de camponeses locais, que por sua vez, roubaram de tumbas da região. Uma dessas peças é conhecida atual-mente como "a caveira de cristal britânica". Ao que parece, a famosa joa1heria novaiorquina Tiffany's comprou uma das caveiras e depois, em 1898, o Museu Britânico a adquiriu por cerca de 200 Reais e ela permanece lá até hoje...
A outra é chamada de "Caveira de Paris", exposta no Museu Trocadero, da capital francesa. Tem uma agulheta que atravessa de cima a baixo (supostamente feita por um grupo cristão para inserir nela uma cruz). Seu estilo, forma e corte são similares a outras caveiras de cristal mais pequenas descobertas em diversas ruínas do México e atribuídas aos astecas. Os traços faciais são muito toscos se comparados com as demais do mesmo material, mas esta é quase de tamanho humano.
No momento em que saiu a público o mistério das caveiras de cristal foi aparecer em cena o chamado crânio de Mitchell-Hedges. Esta peça foi descoberta nas ruínas de uma cidade maia em Belize (Honduras Britânicas) em 1924. Naquele ano, o explorador F. A. Mitchell-Hedges realizou uma expedição ao coração de Belize com a intenção - sempre, segundo o relato de sua filha adotiva, Arma - de encontrar evidências arqueológicas da Atlântida perdida.
Os nativos locais guiaram-se até umas ruínas maias, completamente escondidas pela vegetação. Assim que a eliminaram com fogo, surgiu uma grande cidade com muitos edifícios. Ao que parece, e antes do descobrimento oficial aquela localidade recebia, no dialeto maia, o nome de Lubaantum, que significa Cidade da Pedra Caída. Arma afirma que no dia de seu 17º aniversário, enquanto caminhava pelas ruínas, algo refletiu a luz do Sol, atraindo a c sua atenção. Naqueles dias, seu pai se encontrava na Inglaterra arrecadando recursos financeiros para a expedição, e quando regressou, Arma lhe mostrou imediatamente o referido lugar.
Após algumas horas levantando pedras pesadas, ajudados pela população local, acharam a parte superior de um crânio de cristal perfeito. Seis semanas mais tarde, em uma área diferente, cheia de andares, a mesma equipe de homens descobriu a sua mandíbula. Tratava-se de um objeto fabricado com quartzo transparente, formado por duas peças distintas, com uma mandíbula articulada e do mesmo tamanho que um crânio humano.
Em 1964, Arma Mitchell-Hedges conheceu um pesquisador de enigmas arqueológicos chamado Frank Dor-land, durante a Exposição Universal de Nova York. Dorland investigou esta caveira de cristal durante os seis anos seguintes até que, finalmente, decidiu levá-la a Hewlett Packard, uma companhia de computadores.
Esta empresa, que dispõe de um dos laboratórios de cristal mais sofisticados do mundo, examinou o crânio em 1971. Entretanto, os especialistas não se mostraram demasiados seguros em poder duplicar a peça, mesmo empregando a tecnologia mais sofisticada ao seu al-cance. Descobriram que o fabricante da caveira havia tentado seguir a natureza do quartzo, e que havia dado forma ao cristal completamente ao contrário.
Assim mesmo, a caveira parecia dispor de um elaborado sistema interno de ]entes e prismas, devido a forma que refletia e refratava a luz quando esta passava através dela. Porém, é ne-cessário lembrar que o cristal de quart-zo não apresenta tais propriedades no estado natural. E ainda que muitos escultores contemporâneos afirmem, hoje, poder duplicar a forma externa da caveira de cristal de Mitchell-Hedges, ninguém produziu uma peça sequer que produza o estranho fenômeno é observado na peça original. De resto, a expectativa criada desde o início por esta caveira levaria Arma a viajar com ela pelo mundo, partindo de seu refúgio em Toronto, Canadá. Recentemente, a filha de Mitchell-Hedges afirmou em público sua in-tenção de retirar-se da Inglaterra... Levando consigo a caveira, é lógico. Entretanto, existem outros crânios. Em 1906, uma família maia que vivia na Costa Rica, estava cavando as terras de sua propriedade quando, de repente, uma das pás bateu em algo duro.
Após escavar a área, apareceu uma caveira de cristal de tamanho humano. Embora nunca estivesse segura da importância que tinha esse objeto, a família não hesitou em utilizá-la por um tempo com propósitos cerimoniais. De resto, na divulgação posterior deste achado, contribuiu, fortuitamente, o livro de minha autoria Mysteries of tbc crystalskull revealed (Mistérios revelados da caveira de cristal).
Joke Van Dieten, que é a proprietária atual dessa peça, encontrou a obra em uma livraria de Vancouver, Canadá. Não a leu imediatamente, mas levou-a à Costa Rica, onde esta-va vivendo desde então. Um dia, ao abrir o livro, seus olhos se dirigiram à uma lista de vendas de cristal perto de Los Angeles. Fez uma chamada internacional e falou com o proprietá-rio de uma delas, perguntando-lhe se tinha alguma caveira de cristal antiga de tamanho humano à venda ou se sa-bia de alguém que tivesse.
O dono, que era amigo meu, pensou que a senhora estava louca, e explicou-lhe que existiam poucas caveiras de cristal antigas disponíveis naquela época (1991) e nenhuma estava à venda. Então Joke, contou-lhe sobre o material que possuía e pediu para que ele entrasse em contato com ela caso conseguisse algo no mesmo estilo, porque ela estaria com pretensão de completar sua coleção.

Alguns dias depois, a família maia proprietária de uma caveira contatou a loja. Após uma nova chamada telefônica, Joke aceitou ficar com a peça sem vê-la. Finalmente, em abril de 1991, tive que viajar a Los Angeles para dar uma conferência sobre as caveiras de cristal. E curiosamente, a loja envolvida na transação tinha um ponto de venda no mesmo local onde se deu a conferência, de modo que, através de seu dono, Eric, conheci Joke. que havia viajado aos Estados Unidos para fechar o negócio com o crânio. Joke reconheceu meu nome de imediato como o autor de livros e ambos vimos o ET (como decidimos chamar a caveira) ao mesmo tempo. Estas não são as únicas. Existem outras caveiras de cristal que tem saído à luz, todas elas encontradas no início deste século. Aqui temos uma breve sinopse das mais importantes:
Crânio de Ametista - trata-se de uma peça única talhada em ametista (uma espécie de quartzo transparente de cor violeta) e descoberta por um maio em um eSconderijo de relíquias no México, entre os anoS de 1915 e 1920. Acredita-se que hoje esta peça encontra-se exposta em um grande banco do Japão
Crânio Maia - talhada como uma só peça de cristal de quartzo transparente e descoberto na Guatemala em 1912, também estava em poder da mesma irmandade maia. Esta caveira e a de ametista têm uma aparência similar, já que os traços faciais estão trabalhados de uma macieira parecida e ambas possuem marcas circulares na área da testa. O paradeiro,atual desta é completamente desconhecido.
Max, a caveira de cristal do Texas - atualmente em poder de Arma e Carl Parks, de Houston, Texas. Trata-se de urna peça única de quartzo transparente bastante grande e pesada, chegando a atingir mais de oito quilos. Supostamente foi doada por nativos guatelmatecos a um médico tibetano na década de 60. Os Parks financiaram a este médico a construção de um centro de saúde local, e quando pronto, em 1981, o tiberano enviou-lhes a caveira de cristal como sinal de agradecimento. Em 1987, após ver um programa de televisão sobre as caveiras de Mitchell-Hedges, foi divulgada também a existência desta outra relíquia. Atualmente, ao menos durante dois ou três finais de semana ao mês, a senhora Parks viaja com Max pelos Estados Unidos.
Caveira do Instituto Smithsoiano - há algum tempo, o Instituto Smithsoiano de Washington adquiriu uma caveira de cristal muito grande - de 13,9 quilos -, procedente de um doador desconhecido. A característica mais importante desta caveira é a agulheta que tem em seu interior.
Crânio de José - certa vez eu dava uma conferência em Lãs Vegas, em l 989, quando um senhor ele aspecto hispano me abordou e disse que tinha em seu poder uma caveira de cristal, desde 1942 - época em que seu colégio visitou um acampamento maia. Era pequena, podia caber em uma reduzida caixa de madeira e estava cheia de quartzo transparente. Suas particularidades eram os símbolos maias talhadas na superfície. Havia um desenho espiral gravado em cada orelha e um círculo duplo na parte superior da cabeça. José lníguez.o proprietário dela, que faleceu em l 933, sempre afirmou que a partir do instante em que a teve consigo, obteve tudo o que havia desejado e sonhado em sua vida. Ao que parece, existia uma caveira de ametista no solo juntamente a esta, mas um amigo de José sumiu com ela, sem deixar vestígios.
Caveiras de cristal do Peru - um professor espiritual inca me informou que numa de suas viagens pelo norte do Peru (a cerca de 10 a 15 anos), quando ensinava aos índios a cosmologia inca, estes lhe mostraram uma caveira de quartzo transparente. Ela tinha uma forma mais parecida com a de um ET: uma mandíbula ligeiramente pontiaguda e havia estado em poder desta tribo durante bastante tempo. A caveira era de cor azul nos olhos e na parte superior do crânio.