Rio Parnaíba
Este evento aconteceu no dia 23 de setembro de 1984, entre 18h30min e o alvorecer, quando José Morais da Silva, apelidado de Zé Cosmos, saiu para pescar no largo rio Parnaíba acompanhado pelo filho de 10 anos. No início tentaram pescar com iscas.
Por volta das 18h30min os dois avistaram uma luz que piscava clara como um raio, muito longe. Continuaram a pescar sem se incomodar com isso.
Por volta das 20h00min a luz apareceu de novo, desta vez diretamente sobre o rio. Zé Cosmos recolheu a linhada e subiu pela margem íngreme, o mais rápido possível, para chegar onde o filho dormia.
Zé Cosmos perdera a capacidade de usar o joelho muitos anos antes, em um acidente em que fraturara a articulação. A fratura nunca se consolidou adequadamente, e ele precisava de uma bengala para se locomover. Deve ter sido muito difícil para ele subir o barranco e avisar o filho do perigo, e quando conseguiu, começou a chover, e a luz foi embora.
Zé Cosmos resolveu voltar à margem do rio e continuar a pescar, enquanto o filho continuava dormindo.
Quando estava com água pela cintura, ele viu, de repente, que a luz se encontrava atrás dele, projetando a sombra na água. A luz brilhava a cerca de 20 metros acima da margem, iluminando um trecho bem grande de área.
Zé Cosmos não teve dúvidas, subiu outra vez para avisar o filho, que dormia no pé de uma árvore. Eles ficaram deitados no chão, observando o objeto, que periodicamente aumentava e diminuía de tamanho, por vezes encolhendo até ficar do tamanho de uma estrela.
O avistamento deles se resumiu a isso até as 22h00min, quando já tinham mudado de lugar, observando a luz abrigados atrás de uma pedra na beira do rio.
A luz se moveu exatamente às 22h00min, posicionando-se em outro ponto da margem, rio abaixo, no caminho que eles teriam de seguir, como se a luz os esperasse.
Depois a luz se moveu para o outro lado do rio, onde ficavam os outros pescadores. Ela então passou a ter uma tonalidade de vermelho forte e começou a dançar oscilando por cima d'água.
Zé Cosmos ouviu quando os pescadores gritaram e fugiram correndo.
O objeto ficou no mesmo lugar até as 4h00min, quando se moveu num ângulo 70 graus acima deles, fazendo um som "como um dínamo que gera corrente na bicicleta".
O objeto passou lentamente, mantendo aquela altura.
Chovia direto e Zé Cosmos nos contou esta história quando estávamos sentados em uma roda defronte a sua casa.
"O objeto foi e voltou em cima do rio, colocando o facho de luz na nossa direção, mas a gente ainda estava escondido atrás da pedra, no rio. Ficamos ali, cobertos com folhas de palmeira. O objeto jogou areia na gente. Ouvimos um barulho parecido com uma porta de carro fechando. Também ouvimos vozes, mas não dava para entender a língua. Lá pelas seis horas da manhã a luz foi embora, e depois à gente achou uns rastros grandes onde o objeto tinha pousado."
Também perguntamos ao pescador quais foram às sensações ou reações que ele teve no momento. Suas observações eram precisas e detalhadas, e ele nos disse que quando o facho de luz o atingiu, ele não conseguia abrir os seus olhos, e sentiu uma dor muito intensa. Ficou tonto.
Ele não tem problemas na vista nem mudou seus padrões de sono. Por outro lado, a dor não desapareceu nos últimos quatro anos. A dor retorna diariamente começando pela cabeça, passando depois para as pernas e quadris. Quando isso acontece, ele precisa parar de trabalhar.
Seus dedos ficam entorpecidos, formigando e necessitou de massagens nas mãos, para que voltassem ao normal. De vez em quando ele não pode nem erguer uma colher.
As informações acima foram obtidas e conferidas em duas entrevistas com Zé Cosmos. Nas duas vezes o encontramos trabalhando, e ele rebocava com barro as paredes do casebre onde vivia auxiliado pelos filhos. Os vizinhos se amontoavam em torno de nós, enquanto os porcos pretos miúdos corriam e soltavam grunhidos pela rua de terra e áreas vazias cobertas de lixo.
Uma moça passou altiva saindo da mata, com uma espingarda de cano longo no ombro.
Esta gente nunca ouviu falar de Contatos Imediatos, nem de Steven Spielberg. Pescam e caçam porque são pobres demais para comprar a comida que necessitam. A região, à noite, é completamente escura. A única linha de alta tensão passa a 30 quilômetros a oeste dali.
Caminhamos até o rio, para entender melhor as circunstâncias da experiência de Zé Cosmos.
A margem cai praticamente na vertical, formando um barranco variando sua altura de 5 a 10 metros, mas com o passar dos anos a árvore que serviu de esconderijo para ele e seu filho fora arrancada e levada pela correnteza do rio das enchentes de verão.
Zé Cosmos não bebe bebida alcoólica. Antes de voltar tentamos marcar uma consulta para ele com um médico de Fortaleza, a quem explicaríamos os sintomas de doenças provocadas pelo contato com esta suposta luz, mas havia apenas cinco telefones para atender aos três mil habitantes da cidade, e Fortaleza ficava muito longe. Deixamos sua casa convencidos de que ele dizia a verdade, e que era impossível para eu aliviar sua dor.
Por volta das 18h30min os dois avistaram uma luz que piscava clara como um raio, muito longe. Continuaram a pescar sem se incomodar com isso.
Por volta das 20h00min a luz apareceu de novo, desta vez diretamente sobre o rio. Zé Cosmos recolheu a linhada e subiu pela margem íngreme, o mais rápido possível, para chegar onde o filho dormia.
Zé Cosmos perdera a capacidade de usar o joelho muitos anos antes, em um acidente em que fraturara a articulação. A fratura nunca se consolidou adequadamente, e ele precisava de uma bengala para se locomover. Deve ter sido muito difícil para ele subir o barranco e avisar o filho do perigo, e quando conseguiu, começou a chover, e a luz foi embora.
Zé Cosmos resolveu voltar à margem do rio e continuar a pescar, enquanto o filho continuava dormindo.
Quando estava com água pela cintura, ele viu, de repente, que a luz se encontrava atrás dele, projetando a sombra na água. A luz brilhava a cerca de 20 metros acima da margem, iluminando um trecho bem grande de área.
Zé Cosmos não teve dúvidas, subiu outra vez para avisar o filho, que dormia no pé de uma árvore. Eles ficaram deitados no chão, observando o objeto, que periodicamente aumentava e diminuía de tamanho, por vezes encolhendo até ficar do tamanho de uma estrela.
O avistamento deles se resumiu a isso até as 22h00min, quando já tinham mudado de lugar, observando a luz abrigados atrás de uma pedra na beira do rio.
A luz se moveu exatamente às 22h00min, posicionando-se em outro ponto da margem, rio abaixo, no caminho que eles teriam de seguir, como se a luz os esperasse.
Depois a luz se moveu para o outro lado do rio, onde ficavam os outros pescadores. Ela então passou a ter uma tonalidade de vermelho forte e começou a dançar oscilando por cima d'água.
Zé Cosmos ouviu quando os pescadores gritaram e fugiram correndo.
O objeto ficou no mesmo lugar até as 4h00min, quando se moveu num ângulo 70 graus acima deles, fazendo um som "como um dínamo que gera corrente na bicicleta".
O objeto passou lentamente, mantendo aquela altura.
Chovia direto e Zé Cosmos nos contou esta história quando estávamos sentados em uma roda defronte a sua casa.
"O objeto foi e voltou em cima do rio, colocando o facho de luz na nossa direção, mas a gente ainda estava escondido atrás da pedra, no rio. Ficamos ali, cobertos com folhas de palmeira. O objeto jogou areia na gente. Ouvimos um barulho parecido com uma porta de carro fechando. Também ouvimos vozes, mas não dava para entender a língua. Lá pelas seis horas da manhã a luz foi embora, e depois à gente achou uns rastros grandes onde o objeto tinha pousado."
Também perguntamos ao pescador quais foram às sensações ou reações que ele teve no momento. Suas observações eram precisas e detalhadas, e ele nos disse que quando o facho de luz o atingiu, ele não conseguia abrir os seus olhos, e sentiu uma dor muito intensa. Ficou tonto.
Ele não tem problemas na vista nem mudou seus padrões de sono. Por outro lado, a dor não desapareceu nos últimos quatro anos. A dor retorna diariamente começando pela cabeça, passando depois para as pernas e quadris. Quando isso acontece, ele precisa parar de trabalhar.
Seus dedos ficam entorpecidos, formigando e necessitou de massagens nas mãos, para que voltassem ao normal. De vez em quando ele não pode nem erguer uma colher.
As informações acima foram obtidas e conferidas em duas entrevistas com Zé Cosmos. Nas duas vezes o encontramos trabalhando, e ele rebocava com barro as paredes do casebre onde vivia auxiliado pelos filhos. Os vizinhos se amontoavam em torno de nós, enquanto os porcos pretos miúdos corriam e soltavam grunhidos pela rua de terra e áreas vazias cobertas de lixo.
Uma moça passou altiva saindo da mata, com uma espingarda de cano longo no ombro.
Esta gente nunca ouviu falar de Contatos Imediatos, nem de Steven Spielberg. Pescam e caçam porque são pobres demais para comprar a comida que necessitam. A região, à noite, é completamente escura. A única linha de alta tensão passa a 30 quilômetros a oeste dali.
Caminhamos até o rio, para entender melhor as circunstâncias da experiência de Zé Cosmos.
A margem cai praticamente na vertical, formando um barranco variando sua altura de 5 a 10 metros, mas com o passar dos anos a árvore que serviu de esconderijo para ele e seu filho fora arrancada e levada pela correnteza do rio das enchentes de verão.
Zé Cosmos não bebe bebida alcoólica. Antes de voltar tentamos marcar uma consulta para ele com um médico de Fortaleza, a quem explicaríamos os sintomas de doenças provocadas pelo contato com esta suposta luz, mas havia apenas cinco telefones para atender aos três mil habitantes da cidade, e Fortaleza ficava muito longe. Deixamos sua casa convencidos de que ele dizia a verdade, e que era impossível para eu aliviar sua dor.