Uma bomba de hidrogénio é designação mais adaptada ao seu significado bombatermonuclear, é uma bomba que consegue ser até 750 vezes mais forte do que qualquerbomba nuclear.
Em Março de 1938, uma conferência foi organizada pela Carnegie Institution, de Washington, para unir astrónomos e físicos. Um dos participantes foi o imigrante alemão Hans Albrecht Bethe (1906-2005). Logo após a conferência, Bethe desenvolveu a teoria de como a fusão nuclear podia produzir a energia que faz as estrelas brilharem. Esta teoria foi publicada no seu artigo A Produção de Energia nas Estrelas, publicado em 1939, e que lhe valeu o prêmio Nobel em 1967.
Hans Bethe tomou os melhores dados das reacções nucleares existentes e mostrou, em detalhe, como quatro prótons poderiam ser unidos e transformados num núcleo de hélio, libertando a energia que Eddington havia sugerido. O processo que Bethe elaborou no seu artigo, actualmente conhecido como o Ciclo do carbono, envolve uma cadeia complexa de seis reacções nucleares em que átomos de carbono e nitrogénio agem como catalisadores para a fusão nuclear. Naquela época, os astrónomos calculavam que a temperatura no interior do Sol fosse de cerca de 19 milhões de Kelvin, e Bethe demonstrou que, àquela temperatura, o ciclo do carbono seria o modo dominante de produção de energia.
Na bomba de hidrogênio, um disparador de bomba atômica inicia uma reação de fusão nuclear num composto químico de deutério e trítio, produzindo instantaneamente o hélio-4, que por sua vez reage com o deutério. Porém, os cientistas militares foram mais além, no que diz respeito ao poder destrutivo da bomba, envolvendo-a em urânio natural. Os poderosos neutróns libertos pela fusão causam depois uma explosão por fissão nuclear no invólucro de urânio.
Mas como toda explicação escrita sem uma foto ou vídeo é quase que nula pela falta de compreenção de muitos, acabei procurando um vídeo da 'Bomba H' em uso. Confesso que fiquei surpreso com a força que ela possui.
Vídeo:
Atualmente sabe-se que o Ciclo do carbono contribui pouco para a geração de energia para estrelas de baixa massa como o Sol, porque as suas temperaturas centrais são baixas, mas domina para estrelas mais massivas. Rigel, por exemplo, tem temperatura central da ordem de 400 milhões de Kelvin. Quanto maior for a temperatura central, mais veloz será o próton, e maior a sua energia cinética, suficiente para penetrar a repulsão Coulombiana de núcleos com maior número de prótons.
A astrofísica demonstrou que as leis físicas que conhecemos na nossa limitada experiência na Terra são suficientes para estudar completamente o interior das estrelas. Desde as descobertas de Bethe, o cálculo de evolução estelar através da união da estrutura estelar com as taxas de reações nucleares tornou-se um campo bem desenvolvido e astrónomos calculam com confiança o fim de uma estrela como o nosso Sol daqui a 6,5 bilhões de anos como uma anã branca.
Aguarde e veja as consequencias que uma bomba desse nível trás.
Ps: Ajuda para construir uma dessas ? Tem um lugar em Brasilia que eu amaria botar uma dessas pra funcionar...