28 de dez. de 2010

Triângulo das Bermudas, região maldita onde impera o fantástico. Parte - 1

Triângulo das Bermudas1Na vastidão do Oceano Atlântico precisamente uma área bem delimitada, e até reconhecida como tal pela Guarda Costeira Americana, se convencionou chamar de “O Triângulo das Bermudas”, ou ainda “O Triângulo do Diabo” – um sítio cujos vértices imaginários tocam precisamente a Flórida, Bermudas propriamente dita e Porto Rico.
Desde que principiaram as grandes navegações e os registros marítimos começaram a ser efetuados, isso por volta do ano 1800 da nossa era, e até os nossos dias, continuam ali desaparecendo navios, aviões e muito principalmente criaturas humanas. Um dos primeiros registro dá conta do intrigante desaparecimento do USS Pickering, precisamente naquele mesmo ano, com toda a sua tripulação de noventa homens. O navio dirigia-se a Guadalupe, nas Índias Ocidentais e quando singrava aquelas águas sumiu sem deixar vestígios.
VeleiroAcima, gravura retratando o USS Pickering.
De lá para cá, até mesmo navios militares com a suas respectivas tripulações foram vítimas das mesmas estranhas ocorrências e o mundo começou então a notar que alguma coisa bastante estranha estava sucedendo lá por aquelas bandas. Depois de diversos outros casos, todos em 1880, a coisa atingiu o seu clímax quando uma fragata da Marinha Britânica, precisamente o HMS Atalanta, literalmente sumiu no mar com os seus 340 cadetes a bordo!
Temido pelos marinheiros e evitado pelos mais prudentes e supersticiosos, o Triângulo do Diabo continuou a fazer das suas. Centenas de casos depois, foi exatamente no ano de 1945 que nada menos que seis aviões da Força Aérea Americana (USAF), sumiram em pleno ar e sem deixar quaisquer vestígios. Comandada pelo tenente Charles Taylor, a esquadrilha de cinco aviões Avenger-TBM, cada um deles com dois tripulantes, saiu de Fort Lauderdale, Flórida, para uma rotineira missão de treinamento. O horror começou quando mensagens desconexas foram recebidas via rádio pelo pessoal do controle de terra: Taylor, experiente aviador, inexplicavelmente relatou que todos estavam perdidos! Seus instrumentos de navegação ficaram enlouquecidos; não podiam ver o mar e tampouco a terra. Falava de “águas brancas” e trocava mensagens desesperadas com os seus companheiros de missão, todos tomados pelo mais absoluto pânico. Foi mandado então, em auxílio a eles, um hidroavião do Martim Mariner, por sua vez tripulado por treze pessoas. Para espanto geral, subitamente cessaram todas as comunicações, inclusive as do avião de socorro! As intensas buscas que efetuaram por cerca de 380 mil milhas quadradas, não encontraram um vestígio sequer dos aviões ou dos seus 23 tripulantes, até hoje misteriosamente desaparecidos. Radioamadores, no entanto, captaram uma mensagem desesperada de Taylor, talvez dirigida ao pessoal do Martin Mariner: “Não venham atrás de nós; eles parecem vir do espaço exterior!”.
Triângulo das Bermudas
Os misteriosos sumiços começaram então a atingir não só os aviões comerciais, como também os navios e barcos particulares, muitos destes encontrados à deriva, sem qualquer pessoa dentro! Em 1947 um grande avião do Exército Americano literalmente sumiu naquela área, e posteriormente as Forças Armadas Americanas também sofriam outras misteriosas baixas, representadas em 1956 por um hidroavião P5 da Marinha, com os seus dez tripulantes. E outros se seguiram: em 1962 um KB50 da USAF com oito tripulantes; dois KC-135 em 1963 com onze homens; um cargueiro também da USAF em 1965 com mais dez desaparecidos; o submarino Scorpion com 99 tripulantes, em 1968, e, também, um caça Phanton F-4 em 10 de setembro de 1971.
Talvez o caso mais surpreendente tenha sido aquele ocorrido em 1960, quando cinco caças Super-Sabres (prestemos atenção neste nome) da USAF decolaram da base aérea de Kindley, precisamente nas Bermudas, para uma missão rotineira de treinamento militar. Diante dos olhos de dezenas de testemunhas, bem como dos operadores das telas de radar, a esquadrilha fazia as suas evoluções táticas e penetrou em uma nuvem. Do outro lado da tal nuvem, porém, somente quatro aeronaves emergiram! O quinto Super-Sabre, juntamente com o seu piloto, literalmente sumiu no ar! Ninguém viu o avião cair, ou mesmo explodir e se esse fosse o caso todas as atônitas testemunhas teriam ouvido o barulho característico, pois era um dia claro e com excelente visibilidade. As extensas buscas logo efetuadas resultaram absolutamente negativas. Como explicar esse mistério?
E como explicar aquilo que aconteceu com o próprio (e além de tudo famoso) transatlântico de luxo Queen Elisabeth II, em 1974, que misteriosamente e em plena luz do dia sumiu das telas dos radares de um barco da Guarda Costeira Americana que o seguia a uma distância bastante próxima, muito embora seus tripulantes o estivessem vendo – até um certo momento em que literalmente sumiu no mar, como se tivesse evaporado, voltando a aparecer alguns minutos depois? Alucinação visual? De jeito algum! Radares não sofrem desse tipo de problema e também os oficiais da Guarda Costeira jamais puderam entender o motivo de as suas comunicações via rádio com o transatlântico terem sido igualmente paralisadas naqueles momentos! Quanto ao Queen Elisabeth, após esse curioso incidente suas caldeiras pararam e também houve uma total e inexplicável interrupção de energia a bordo, deixando-o inoperante por um longo período de tempo.