10 de nov. de 2010

Caso Marius Dewilde - França, 1954

Em 10 de setembro de 1954, Marius Dewilde diz ter tido contato com dois seres extraterrestres. Marius era uma pessoa simples, trabalhava com metalurgia. Tudo começou às 22h e 30 minutos em uma pequena casa situada ao lado de uma via - férrea em Quarouble ao norte da França.


Alguns pedaços de metal que Dewilde supostamente encontrou no local, e que foram guardados por ele até sua morte. (Click para ampliar)
Alguns pedaços de metal que Dewilde supostamente encontrou no local, e que foram guardados por ele até sua morte.

 O relato de Dewilde do que lhe ocorrera naquela noite é recheado de detalhes. A seguir, a história, aproximadamente como ele próprio a descreveu, na coletânea de relatos apurados:
"Era noite e eu e minha esposa estávamos na sala; ela estava vendo televisão e eu preferia estar lendo um jornal local. O meu cachorro, Kiki, começou a ter comportamentos anormais e começou a latir e a rosnar sem parar. O que esta acontecendo? Questionou minha esposa. Eu não sabia o que estava acontecendo, então peguei uma lanterna de mão e sai para ver o que estava acontecendo fora de casa; minha esposa continuou vendo o televisor.
A noite estava bastante escura; viro minha lanterna para o Kiki e ele está o que eu posso definir como totalmente aterrorizado. Mandei-o calar, e Kiki obedece parcialmente, parar de latir, mas, continua a rosnar. Dirijo-me então para a direita da casa que é cercada por uma cerca feita por mim mesmo de 1,20 metros de altura, para impedir que as crianças e o cão passem sobre a via - férrea.
Chegando perto da cerca, vejo à minha esquerda sobre os trilhos uma 'coisa' grande posta a mim cerca de seis ou sete metros adiante. No momento, a primeira coisa que eu pensei foi que fosse um vagão de trem, mas rapidamente percebi que não poderia ter um vagão de trem parado ali. Repentinamente atrás de mim ouvi barulhos incomuns. Pensei que fossem contrabandistas, que pegaram esse caminho para ir à Bélgica. O meu cão recomeçou a latir e rosnar.
Percebi que sombras começaram a se aproximar de mim, onde eu estava observando, exatamente em cima dos trilhos. Vi que eram pequenas e pensei por um instante que eram crianças, pelo tamanho. Então eu levei a luz de minha lanterna para ver o que era e dei um pulo para trás quando vi que o facho de minha lanterna refletia de volta quando eu o levava até a 'cabeça' da 'coisa'. Era como se aquilo fosse um capacete de vidro e espelho. Eram duas 'coisas' bem pequenas.
No momento pensei em partir para cima de uma delas e agarrá-la, mas nesse momento um facho de luz saiu do suposto vagão que estava ali sobre os trilhos atrás de mim e me deixou totalmente paralisado, dos pés à cabeça.
Eu queria gritar, correr e reagir à aquela situação, mas era impossível. Sinto meu corpo todo dormente, mas meu cérebro esta normal e eu estou ali vendo as 'coisas' andando de um lado a outro e indo sobre a calçada de cimento de casa. Passam ao meu lado; eu vejo que eles não possuem braços, ou não consegui ver se possuíam, são baixos cerca de menos de 1 metro de altura; têm grandes pés ou sapatos, mas proporcionais à sua largura, usam o que me parecem ser capacetes, como se fundissem a sua própria roupa em uma peça só.
Eles se aproximam mais e eu me sinto tonto. Ouço um barulho do que me pareceu ser uma porta de corrediça se abrir. Levemente movo meu pescoço e consigo ver que uma porta se abre no objeto que estava sobre os trilhos. As coisas se juntam ao objeto e ele sobe verticalmente a uns 30 a 40 metros de altura. E fica fluorescente... cor de laranja... quase vermelho. Continua subindo e desaparece. Não me recordo ao certo de como me recuperei. Estava tudo confuso".
Depois desses minutos agoniantes, Dewilde recuperou seus movimentos e saiu atordoado atrás de sua esposa para contar o que tinha ocorrido. Estranhamente sua esposa não ouviu nem viu nada do que tinha se passado.
Dewilde corre para chamar o único vizinho mais próximo que havia ali, para saber se ele havia visto algum objeto ou algo semelhante ao que tinha visto, mas aquele vizinho também percebera nada naquela suspeito naquela noite.
Dewilde segue então para o distrito de policia local. Os policiais vão ate sua casa e ele começa a ter tremores e cólicas intestinais apenas de chegar perto do lugar onde ocorrera o fato; isso teria dado aos policiais a certeza de que aquilo tudo não era apenas um trote e que realmente Dewilde estava falando a verdade.
O inquérito foi aberto e a busca de provas começou imediatamente no local, com os próprios policiais e mais testemunhas protagonizando fatos curiosos. Ainda na presença dos policiais, um trem com carga de carvão passou no local e desencadeiou um estrondoso e anormal barulho. O maquinista parou a locomotiva para ver o que aconteceu, pensando mesmo que fosse um acidente.
Jornal da época, ilustrado a "fantasmagórica aparição de marcianos para Dewilde". (Click para ampliar)
Jornal da época, ilustrado a "fantasmagórica aparição de marcianos para Dewilde".


Mas o que encontrou foi uma depressão de mais de 6 metros nos trilhos, exatamente onde Dewilde afirmou ter visto o objeto, o que causou "a patinação" das rodas nos trilhos, que seria responsável pelo barulho anormal.
O maquinista tentou usar o telefone da via férrea -- que se encontrava justamente na casa de Dewilde. Mas o aparelho não estava mais funcionando. E Dewilde afirmou que parou após o ocorrido. Curiosamente o telefone usava baterias, como na sua lanterna de mão, que também tinha parado de funcionar depois de sua experiência.
No dia seguinte os policiais deram continuidade ao inquérito e voltaram ao local em busca de mais provas durante o dia. Percebeu-se claramente uma parte côncava nos trilhos e, o mais curioso, que nesta área de 6 metros as pedras que ficavam entre os trilhos, estavam carbonizadas, como se alguém estivesse queimado elas, estavam carbonizadas, bem diferentes das outras poucos metros dali. As pedras não teriam sido analisadas afundo, pois, de acordo com o relatório dos policiais, isso era tarefa para a Defesa Nacional.
Na segunda-feira, 13 de setembro, ambos os policiais, acompanhados de Marius Dewilde, retornaram ao lugar para tentar esclarecer o mistério. Examinaram metro por metro da via férrea, por onde poderiam encontrar mais provas.
Teriam então verificado que a via férrea tinha três travessas de madeira que apresentavam marcas parecidas, e que ainda estavam frescas e limpas. Cinco marcas semelhantes de 4cm², dispostas de maneira simétrica. Os engenheiros da companhia férrea foram consultados e calcularam que o peso de um objeto para produzir marcas como aquelas seria de no mínimo 30 toneladas.
A Revista francesa RADAR divulgou a historia de Dewilde e o caso fica conhecido nacionalmente em apenas alguns dias. Testemunhas foram encontradas e algumas revelaram que haviam visto um objeto em forma de bola luminosa no céu, naquela noite.
Dewilde começa a ter problemas respiratórios e seu cão Kiki morreu dias depois. Mas mais mistérios ainda se somaram ao episódio. Dois ou três dias depois do ocorrido com Dewilde, três vacas foram encontradas mortas em uma fazenda nas proximidades. Uma autópsia teria revelado que os animais não tinham sangue; este, de alguma forma desconhecida, havia sido totalmente retirado.
Outro fazendeiro, diz ter visto outra criatura idêntica à que Dewilde havia visto e que foi imobilizado da mesma forma no dia 26 de setembro.
No ano de 1991, quando houve uma conferencia sobre OVNIS em Arras, França, uma senhora entre 50 a 60 anos de idade, tomou a palavra pela primeira vez sobre o caso Marius Dewilde, e disse que no dia do ocorrido, ela estava muito próxima do local, em Quarouble, e que chegou a avistar o objeto subir no céu em cor vermelha.
Com tamanha riqueza de detalhes e muitas perguntas não respondidas -- com critérios que hoje seriam considerados pouco cautelosos e nada confiáveis -- a investigação e a divulgação feitas à época produziram um caso pitoresto, que reúne dezenas de elementos clássicos da Ufologia moderna, que entrou para os anais do insólito no mundo.