
A americana Marla Cooper disse em uma entrevista à rede de TV americana ABC que ela é sobrinha do homem desaparecido que teria sequestrado um avião em 1971.
Ele saltou de pára-quedas da aeronave em pleno voo, com uma maleta contendo US$ 200 mil que ele havia exigido de resgate.
O FBI, a polícia federal americana, disse que esta é a pista mais promissora sobre o crime e seu autor, após ter seguido cerca de mil pistas que não deram em nada.
O sequestro do avião ocorreu no dia 24 de novembro de 1971. Um homem embarcou em um avião da Northwest Orient Airlines que partiu da cidade americana de Portland com destino a Seattle, com um bilhete só de ida.
O homem acabou sendo conhecido como D.B.Cooper, devido a um erro de apuração de um jornalista que cobria o episódio.
O homem que sequestrou o avião tinha um bilhete impresso com o nome Dan Cooper, mas até hoje não se sabe seu nome completo e nem mais detalhes sobre ele.

Ao entrar no avião, ele entregou um bilhete para uma comissária de bordo dizendo que tinha uma bomba. Ela ignorou o bilhete, julgando que se tratava de um galanteio.
A fim de mostrar que estava disposto a explodir a aeronave caso não fosse atendido, D.B.Cooper pediu que a comissária sentasse a seu lado e mostrou sua maleta, que continha fusíveis, fios e uma bateria.
Ao ver o suposto dispositivo detonador, a comissária informou os pilotos da aeronave.
Em seguida, ele exigiu um resgate US$ 200 mil e dois pára-quedas. Agentes do FBI forneceram o resgate, mas fotografaram o número de série de todas as notas.
Pára-quedas
A aeronave pousou em Seattle, onde Cooper permitiu que todos os passageiros e alguns tripulantes desembarcassem. Os representantes do FBI entregaram o dinheiro e os pára-quedas.
O avião voltou a levantar voo após algumas horas, tendo a bordo Cooper e mais outros quatro tripulantes - dois pilotos, um engenheiro e uma comissária de bordo.

Pouco depois, ele saltou de pára-quedas. A polícia nunca encontrou o corpo de Cooper, nem o dinheiro e tampouco o seu pára-quedas.
Marla Cooper, que na época tinha 8 anos de idade, conta ter memórias vívidas do dia em que seu tio, Lynn Doyle Cooper, apareceu em sua casa, ensanguentado e com as roupas rasgadas, dizendo ter sido vítima de um acidente de carro.
O suposto acidente de seu tio aconteceu um dia após o sequestro do avião.

Marla afirma estar convencida de que seu tio seria o sequestrador, já que na véspera do incidente ela o teria visto conversando com um outro tio sobre um plano que iria fazer com que eles enriquecessem.
Ela conta ter decidido vir a público para elucidar o caso, porque tanto o tio que teria realizado o sequestro como seu possível cúmplice já estão mortos.
Cooper, segundo ela, teria ido viver no noroeste dos Estados Unidos após o crime, se casado e tido filhos e morrido em 1999.
Recentemente, ela entregou ao FBI a correia de uma guitarra que pertenceu ao seu tio, para que eles possam cruzar as impressões digitais contidas no objeto e as que foram encontradas na aeronave.
Ela também entregou uma foto do tio com a correia da guitarra, para reforçar sua tese de que ele foi o autor do crime.
Marla Cooper afirma ainda que irá escrever um livro com a sua versão da história.
Fonte: BBC