8 de ago. de 2011
Mulher lança nova pista sobre misterioso sequestro de avião
O avião sequestrado da Northwest Orient Airlines em Seattle
A americana Marla Cooper disse em uma entrevista à rede de TV americana ABC que ela é sobrinha do homem desaparecido que teria sequestrado um avião em 1971.
Ele saltou de pára-quedas da aeronave em pleno voo, com uma maleta contendo US$ 200 mil que ele havia exigido de resgate.
O FBI, a polícia federal americana, disse que esta é a pista mais promissora sobre o crime e seu autor, após ter seguido cerca de mil pistas que não deram em nada.
O sequestro do avião ocorreu no dia 24 de novembro de 1971. Um homem embarcou em um avião da Northwest Orient Airlines que partiu da cidade americana de Portland com destino a Seattle, com um bilhete só de ida.
O homem acabou sendo conhecido como D.B.Cooper, devido a um erro de apuração de um jornalista que cobria o episódio.
O homem que sequestrou o avião tinha um bilhete impresso com o nome Dan Cooper, mas até hoje não se sabe seu nome completo e nem mais detalhes sobre ele.
Marla Cooper diz ser sobrinha de sequestrador desaparecido
Ao entrar no avião, ele entregou um bilhete para uma comissária de bordo dizendo que tinha uma bomba. Ela ignorou o bilhete, julgando que se tratava de um galanteio.
A fim de mostrar que estava disposto a explodir a aeronave caso não fosse atendido, D.B.Cooper pediu que a comissária sentasse a seu lado e mostrou sua maleta, que continha fusíveis, fios e uma bateria.
Ao ver o suposto dispositivo detonador, a comissária informou os pilotos da aeronave.
Em seguida, ele exigiu um resgate US$ 200 mil e dois pára-quedas. Agentes do FBI forneceram o resgate, mas fotografaram o número de série de todas as notas.
Pára-quedas
A aeronave pousou em Seattle, onde Cooper permitiu que todos os passageiros e alguns tripulantes desembarcassem. Os representantes do FBI entregaram o dinheiro e os pára-quedas.
O avião voltou a levantar voo após algumas horas, tendo a bordo Cooper e mais outros quatro tripulantes - dois pilotos, um engenheiro e uma comissária de bordo.
Retrato falado do sequestrador do avião
Pouco depois, ele saltou de pára-quedas. A polícia nunca encontrou o corpo de Cooper, nem o dinheiro e tampouco o seu pára-quedas.
Marla Cooper, que na época tinha 8 anos de idade, conta ter memórias vívidas do dia em que seu tio, Lynn Doyle Cooper, apareceu em sua casa, ensanguentado e com as roupas rasgadas, dizendo ter sido vítima de um acidente de carro.
O suposto acidente de seu tio aconteceu um dia após o sequestro do avião.
Tio de Marla Cooper com a correia de guitarra que ela teria entregue ao FBI
Marla afirma estar convencida de que seu tio seria o sequestrador, já que na véspera do incidente ela o teria visto conversando com um outro tio sobre um plano que iria fazer com que eles enriquecessem.
Ela conta ter decidido vir a público para elucidar o caso, porque tanto o tio que teria realizado o sequestro como seu possível cúmplice já estão mortos.
Cooper, segundo ela, teria ido viver no noroeste dos Estados Unidos após o crime, se casado e tido filhos e morrido em 1999.
Recentemente, ela entregou ao FBI a correia de uma guitarra que pertenceu ao seu tio, para que eles possam cruzar as impressões digitais contidas no objeto e as que foram encontradas na aeronave.
Ela também entregou uma foto do tio com a correia da guitarra, para reforçar sua tese de que ele foi o autor do crime.
Marla Cooper afirma ainda que irá escrever um livro com a sua versão da história.
Fonte: BBC