8 de fev. de 2011

Aliens - O desafio de conhecê-los

Quem são os extraterrestres que nos visitam e quais os desafios de conhecê-los

Frente ao irracional, é natural negá-lo em princípio. Mas a negação não deve ser sistemática e radical, pois a ciência progride pela reconsideração de fatos à primeira vista inassimiláveis. Ninguém tem o direito de repelir, sem motivação, uma interpretação que se enquadra no âmbito do concebível. Uma recusa crítica seria uma atitude sensata. Este novo milênio nos colocará inevitavelmente frente a novos paradigmas universais, e o abandono de estruturas mentais rígidas, que se opõe insistentemente ao incomum, deverá ser o primeiro passo para uma nova era de pesquisas. A fria imensidão do espaço sideral sempre nos assustou e nos diminuiu. Todas as informações obtidas pelos astrônomos e por sondas espaciais apenas aumentam os mistérios do universo. O homem, na sua angústia, nunca quis aceitar sua solidão no cosmos, e nossa inteligência nunca se satisfez em considerar estes corpos que cintilam na noite simples massas de matéria inerte e sem vida. “O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora”, lamentou o filósofo francês Blaise Pascal (1623-1662). Aceitar o mero acaso e a subseqüente evolução natural como sendo a causa da existência do universo e da vida na Terra realmente seria abandonar qualquer tentativa de obter uma explicação significativa. Por outro lado, aceitar que um criador inteligente esteja por trás de tudo que vemos conduziria a ciência ao seu fim, impedida por uma barreira impenetrável rotulada de “foi ele quem fez”. Um dado significativo é que pensadores do passado e os cientistas modernos chegaram a conclusões que, em última análise, são bastante similares. Cristãos, judeus, hindus, astecas e egípcios situam a criação num único momento inicial, ocorrido sob a vontade divina. Pesquisadores contemporâneos, armados com as leis da física e a tecnologia da exploração espacial, também colocam a criação do universo num instante único, o chamado Big Bang.
COMEÇO, MEIO E FIM DO UNIVERSO
Se imaginarmos que o universo teve um começo, seja ele o Big Bang, então podemos supor que teve um criador. Por outro lado, se é completamente autocontido, sem limites ou margens, não teria havido começo e tampouco haverá um fim – o que os cientistas chamam de Big Crunch. Ou seja, ele simplesmente “é”. Admitindo esta última hipótese, que papel estaria então reservado ao criador? Muitos acham mais coerente a idéia que o universo seja cíclico, cumprindo uma rotina interminável de nascimento e morte. Na opinião do físico inglês Stephen W. Hawking, professor da Universidade de Cambridge, uma nova compreensão do espaço e do tempo deverá revolucionar nossos conceitos sobre o universo nas próximas décadas.